A influenciadora e modelo Aline Maria Ferreira foi velada e enterrada no começo da tarde desta quinta-feira (4).
A modelo e influenciadora Aline Maria Ferreira, de 33 anos, foi sepultada nesta quinta-feira (4) em Gama, Distrito Federal, após falecer em decorrência de complicações de um procedimento estético realizado em Goiânia. O velório ocorreu no Templo Ecumênico do cemitério local. “Aline era uma menina sonhadora e sempre sorridente, e é assim que devemos nos lembrar dela. Pedimos a Deus que conforte o coração de todos”, escreveu a família nas redes sociais.
A influenciadora morreu na última terça-feira (2), após a realização de um procedimento estético em uma clínica de Goiânia. Aline teria passado mal logo após a aplicação de polimetilmetacrilato (PMMA) nos glúteos nos glúteos em uma clínica de estética no dia 23 de junho.
A família relata que ela apresentou febre e dores abdominais, sendo hospitalizada após desmaiar no dia 27. Foi quando o marido a levou para ser analisada por um médico no hospital privado.
Nesta quinta-feira (4), em coletiva com a imprensa, a delegada responsável por apurar o caso revelou que Grazielly da Silva Barbosa, dona da clínica de estética que fez o procedimento na influenciadora, sequer tinha formação em biomédica, tendo cursado apenas três meses de medicina no Paraguai.
Ela responderá por pelo menos três crimes e um inquérito ainda será aberto para apurar se a morte da influenciadora foi em decorrência do procedimento feito pela falsa profissional.
O que é o PMMA
Componente plástico. O PMMA é um componente plástico usado por indústrias na fabricação de lentes, na odontologia, em cremes de uso tópico e em procedimentos ortopédicos. Para preenchimento na pele, é utilizado em microesferas, numa forma semelhante ao gel.
Conhecido da indústria estética. Seu uso se tornou comum na indústria estética para preenchimento da pele, visando aumentar o volume de glúteos, coxas, rosto e outras partes do corpo.
Por que ele é tão perigoso?
Resultado é permanente: o resultado do procedimento com PMMA é permanente: uma vez que ele é injetado nos tecidos, geralmente músculo, ele não pode ser removido sozinho.
Há também riscos de insuficiência renal irreversível: o PMMA provoca a produção de granulomas (reação do sistema imunológico contra infecções), que estimulam a absorção de uma grande quantidade de cálcio pelo corpo que chega aos rins, danificando sua função.
Danos a curto ou longo prazo: essas complicações podem acontecer logo após o procedimento ou depois de alguns anos, e não necessariamente no local do implante. O PMMA ainda pode causar inflamação crônica, reações alérgicas e migração do produto para outras áreas do corpo. Por esse motivo, é descrito por médicos como uma "bomba-relógio".
Dificuldade de remoção: segundo especialistas, são necessárias diversas cirurgias para a retirada do produto e nem sempre o material será extraído por completo.