A oposição tem que se unir e mostrar o que quer para Goianésia

Por André Wenceslau - Não se trata de nenhum saudosismo. Não superestimo o passado, mas apenas o respeito. Sinto que há no ar, hoje, um cansaço generalizado, que se traduz em impaciência, quando não em revolta, para com nossos políticos, pertençam eles ao governo ou à oposição. O jogo político se tornou desagradável aos nossos olhos e aos nossos ouvidos. E, com isso, a crônica política, que ainda não desapareceu da imprensa escrita, mas ganhou a internet, perde, a cada dia, o encanto que já teve.

Não é a política em si, sem dúvida essencial ao ser humano, que aborrece. Na teoria, ela tem sua graça. A questão é a política partidária. Os atores que tomaram posse, hoje, do palco deixam muito a desejar. Entre nós, há as exceções de praxe, mas os que mais se fazem notar, no Executivo ou no Legislativo, são muito ruins. Relevem-me os que não merecem vestir a carapuça, pois sei que os há, mas em quantidade modesta. Além disso, infelizmente, talvez por eles se sentirem acuados, ninguém os percebe...

Não é fácil governar uma cidade com essa "tropa" que emperra tudo ou só faz política partidária. O vocábulo aí pode parecer inadequado, leitor, mas não o uso com o objetivo de atingir os briosos soldados de qualquer arma. Nem me refiro aos escoteiros, nem aos animais equídeos, sejam de carga ou não. Também não me refiro à grande porção de gado vacum quando transportado de um pasto para outro. Refiro-me, apenas, à multidão inútil de comissionados...

E o mais preocupante em tudo isso é que ainda não se percebe no município, para se contrapor a um governo que sabe bem não só o que quer, mas para onde quer ir, uma oposição unida, consciente da sua real obrigação, além de munida do velho e desvalorizado espírito público.

Se não se construir uma oposição capaz de interpretar essa insatisfação que está no ar, nossa cidade, a partir de janeiro de 2015, continuará, entregue a um grupo centrado apenas na manutenção do poder, e com sérios riscos, evidentemente, à nossa frágil democracia.

Não há democracia sem alternância no poder.

 

 

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